26 de maio de 2009

Culpa

A culpa.
Esse sentimento que pesa, pelo menos parece, mais do que qualquer outro.
Junta-se muitas vezes a arrependimento, a angústia, a ressentimentos.

Disse Nicholas Rowe: "a culpa é a fonte da tristeza, vingadora diabólica que nos segue com chicotes e aguilhões".

O peso da culpa faz-nos literalmente baixar os olhos, descair os ombros, carregar um fardo.

Mas, nem sempre que sentimos culpa somos efectivamente culpados.

Por que motivo nos sentimos culpados por dizer a verdade?
Por que motivo nos sentimos culpados por amar alguém?
Por que motivo nos sentimos culpados por estarmos doentes?
Por que motivo nos sentimos culpados por tomar decisões que, embora difíceis, são as correctas?

A culpa é, também, a meu ver, uma traição a nós próprios.
Estaremos a ser justos connosco?

Ou achamos mesmo que controlamos tudo, e por isso, mesmo sabendo que não há razão para sentir culpa, continuamos a achar que poderiamos conseguir ter feito algo de diferente?
Se assim for, mudamos alguma coisa ao sentir culpa?



Eu luto contra um sentimento de culpa por ter tomado a decisão mais difícil da minha vida até hoje e foi a correcta, a única possível, foi uma decisão de amor e caridade, de justiça e amizade. Mesmo assim, mesmo racionalmente sabendo que fiz o BEM, não consigo evitar o sentimento de culpa. É extremamente desgastante por momentos, é doloroso e luto contra isso diariamente.

Façam esta reflexão. De que se sentem culpados? São mesmo culpados?

23 de maio de 2009

Um novo olhar sob velhas atitudes

“Eu posso mudar. Posso viver através da minha imaginação em vez de viver pela memória. Posso amarrar-me ao meu ilimitado potencial em vez de amarrar-me ao meu limitativo passado".

-- Stephen Covey




22 de maio de 2009

Postos à prova

Num mundo como o nosso actualmente somos constantemente postos à prova, muitas vezes para lá dos nossos limites. E nem sempre nos apercebemos disso atempadamente. Nem sempre os sabemos prevenir, o que acaba por ser o mais importante.

Alguns assuntos que nos atingem e podem levar-nos a descontrolos emocionais, doenças como a depressão, a necessidade de parar para realinhar a nossa vida:

- stress
- angústia
- ansiedade
- insónia


E tantos outros.

Este espaço, como já foi dito, tem como intuito podermos falar e partilhar de tantos problemas do foro psicológico, não só de depressão.

Podem utilizar o mail que encontram no meu perfil para contar as vossas histórias. Poderão servir para um bom post, os nomes serão sempre OMITIDOS.

Vou colocando, também, alguns links que poderão ser úteis. Também os podem sugerir.

Depressão Major (aguda)

É a forma mais conhecida da doença e aquela a que geralmente nos referimos quando falamos de depressão.
Nesta forma de depressão pelo menos cinco dos sintomas listados abaixo têm de ocorrer por um período mínimo de 2 semanas, tendo também de representar uma mudança em relação ao humor ou comportamento prévio.

As duas pedras basilares da depressão, isto é, os sintomas que têm de estar presentes para confirmar o diagnóstico são:
- Humor deprimido – a pessoa sente-se triste e sem esperança na maioria dos dias e durante a maior parte do dia. Pode ter crises de choro.
- Falta de interesse nas actividades diárias – a pessoa não sente interesse ou prazer nas actividades de que costumava gostar.
- Alterações do sono – podem ser insónias ou dormir excessivamente. É típico o acordar de madrugada e não conseguir voltar a adormecer.
- Alterações do apetite e do peso – a depressão pode-se manifestar por uma diminuição ou aumento do apetite e, consequentemente do peso (uma diminuição ou aumento do peso corporal superior a 5% do peso habitual, sem causa identificável, pode indicar depressão)
- Alterações do pensamento e da concentração – incapacidade para se concentrar ou tomar decisões e também problemas com a memória.
- Agitação ou lentificação dos movimentos corporais – o indivíduo deprimido pode parecer agitado, irritável e facilmente aborrecido, ou então parecer fazer tudo em câmara lenta, respondendo lentamente às questões, num tom de voz monótono.
- Sensação de fadiga – o indivíduo sente-se cansado e sem energia.
- Baixa auto-estima – sensação de culpa ou incapacidade de fazer seja o que for.
- Perda do interesse sexual – os indivíduos sexualmente activos antes de desenvolver a depressão sofrem uma redução dramática no interesse em ter relações sexuais.
-Pensamentos recorrentes sobre a morte e o suicídio.

Um começo

Por ter recebido recentemente feedback num post colocado em Agosto de 2007 (ver aqui) , tive a ideia de dar continuidade e estas questões de forma exclusiva. Não as deixar perdidas num blog ecléctico, digamos assim.

Não sou psicóloga. Sou apenas uma das muitas pessoas que já passou por uma depressão.
E para mim fez sentido partilhar com quem me conhece e mesmo com desconhecidos o que se estava a passar comigo. Ajudou-me imenso, mesmo muito.

Por esse motivo, e porque ao partilharmos com alguém que conhece os problemas por os ter vivido, com quem não fará julgamentos de valor, deixo aqui este espaço para isso: partilha de experiências.

Muitas vezes uma palavra basta para nos fazer mudar de rumo, para dar força!


Vou colocar o post do outro blog aqui, como ponto de partida.