15 de abril de 2012

É difícil fechar um blog e depois ter algo a dizer que se encaixa perfeitamente nele. 


Conclusão: mais vale não fechar.


Assim, oficialmente, não tenho nenhum blog fechado a partir de agora. 

18 de julho de 2010

Fechado

Este blog vai estar parado.
Caso tenham questões ou histórias a partilhar contactem-me pelo email.
Serviu o seu propósito inicial. Sem feedbacks e participações perde o sentido.
Mas fica online durante algum tempo até decidir se devo fechá-lo definitivamente.

Até lá, sejam felizes.

11 de maio de 2010

Up!

O caminho é para cima, positivo, empreendedor.
Ninguém vai encontrar aqui más notícias. Algumas verdades, sim. Dolorosas também.
Faz parte.

Mas da mesma forma que saí da depressão há quase 3 anos, todos podem conseguir.

Sei que muitos vêm aqui espreitar.
Não sei se interessa o que aqui vai sendo publicado (com pouca frequência, assumo), mas nem que seja para uma pessoa desse lado, vai continuar a existir.

Eu sou uma história, como tantas, de sucesso.

Continuo com fragilidades, mas vivo tão feliz que a minha personalidade depressiva (não se enganem, sempre será) não transparece, nem para mim na maior parte do tempo dos meus dias, das minhas semanas, meses e já anos!

Por isso e por nunca me esquecer de quem fui, do que passei, e por saber que ninguém está livre de passar por algo idêntico, cá estou!

Atenta, caso queiram partilhar alguma coisa, desabafar que seja!! O meu contacto é público e podem sempre responder aos posts anonimamente! Não me faz diferença, é como se sentirem melhores.

Não estamos sós. No mau e no bom.

Força!

25 de fevereiro de 2010

Mudanças

Fazem bem e recomendam-se!

Mesmo que a decisão custe a formar-se na nossa cabeça, a verdade é que mesmo que o resultado não seja o idealizado, se aprende imenso e se cresce.

Criamos mecanismos de defesa para o futuro e cada dcisão torna-se mais convicta.
Tomamos as rédeas da nossa vida.

Não ter medo de mudar desenvolve auto-estima. Comigo tem sido assim e a mensagem final é mesmo de incentivo e positiva!

24 de novembro de 2009

Porque criei este blog?

Há quem me tenha perguntado, não por não perceber o objectivo em si, mas no sentido de ter dado a cara.
Ora bem, dado a cara de quê? Há alguma coisa a esconder? Quem tem cancro deve esconder?Quem tem sida deve esconder? Quem parte uma perna deve esconder?
Quem tem problemas de ansiedade, auto-estima e histórico de depressão deve esconder por que carga de água?
Já devíamos estar bem mais à frente no capítulo dos preconceitos.
Não tenho nada a esconder. Muito menos uma questão de saúde. É tão banal ou importante como qualquer outra coisa. De facto, mexe com sentimentos e emoções e pode melindrar tanto os que sofrem de alguma das patologias que abordo aqui, como aos que os rodeiam. Mas e então?

Se alguém prefere enfiar a cabeça na areia, faça o favor. Mas não esperem, nunca, que eu o faça, seja sobre que assunto for.


19 de novembro de 2009

Interromper a terapia


Primeiro foram as férias, depois veio a medicação e comecei a sentir-me melhor.
Fui adiando o recomeço da terapia. Errado!!
Apesar de estar mais calma, de passar dias e dias sem preocupações obsessivas, a verdade é que ainda tenho recaídas. Há pensamentos aos quais não consigo resistir, embora os deteste. E às acções consequentes.

Primeira lição: não abandonar a terapia aos primeiros sintomas de melhoras.

18 de novembro de 2009

Robert Enke

Falei aqui brevemente do Enke.
Quem, de nós, já castigados pela depressão, não pensou mesmo que de forma pouco convicta, no suicídio?
Quem consegue dizer que é cobardia o suicídio quando só quem está em sofrimento e não vê saída pode saber o que é sentir-se assim? Sem saída, sem alegria, sem força.....

17 de novembro de 2009

Fluoxetina

Medicamento anti-depressivo da classe dos inibidores da recaptação da serotonina no nível do córtex cerebral, neurónios serotoninérgicos e das plaquetas.

Principais indicações:

- depressão
- transtorno obsessivo-compulsivo
- ansiedade


Existem vários genéricos. A marca mais conhecida é Prozac.

Efeitos secundários mais frequentes:

- sonolência
- fadiga
- náuseas


Não causa dependência.

27 de agosto de 2009

A combater

‘We crucify ourselves between two thieves: regret for yesterday and fear of tomorrow’

31 de julho de 2009

"eu sinto..."

"Eu sinto. É seguro sentir as minhas emoções e sentimentos. É seguro expressá-las. É maravilhoso ser autentico!"

(Vera Faria Leal)

13 de julho de 2009

Dar o passo

Aquele passo que custa, mas é tão necessário e que não me canso de dizer.
Procurar ajuda. Ajuda profissional.
Eu vou recomeçar as sessões de psicologia e inicar psiquiatria.
Não se preocupem, não é depressão. Sou levada a isso novamente por ter um problema de saúde, disfunção de ATM's, que obriga a uma equipa multi-disciplinar.
Mas sinceramente, estou a precisar. Porque preciso urgentemente de trabalhar auto-estima, nervos, stress, que me levam a ter sentimentos pouco positivos e que afectam gravemente o trabalho e a minha relação.

Caso queiram contactos apitem pelo mail.

Do it!!!!

2 de julho de 2009

Caímos...

É verdade. Mesmo quando já passámos pelo pior, caimos muitas vezes em momentos novamente de dor, de escuridão, de desnorte.
Acaba por ser normal. Acaba por não ser inédito. Acaba por acontecer a praticamente todos nós. Doentes de depressão, ex-doentes de depressão (que é o meu caso), não doentes de depressão.
A diferença é que para os que estivemos ou estamos doentes com depressão, estes momentos são revestidos de sofrimento peculiar.
Sentimos a dor de outra forma, parece-me. Pelo menos pelo que observo dos outros casos. (Chamemos aos 'outros' os que tiveram a sorte de nunca ter passado por uma depressão. Tipo, como nos Lost....os Outros, os estranhos...).
Sinto medo muitas vezes de voltar a cair numa espiral lenta e só dar conta novamente tarde de mais. Tenho medo de voltar a desiquilibrar-me emocionalmente.
Bem sei que quem passa por uma depressão nunca volta a ser a mesma pessoa.
Mas também quero acreditar que depende apenas de nós não sermos a mesma pessoa mas porque nos tornámos melhores, mais fortes e não o contrário.
Quero mesmo muito.
Sou mais forte em muitos aspectos, mas também sei que fiquei muito mais frágil. Parece que nunca se cura totalmente, um psicólogo poderá explicar.
Não sei.
Sei que caímos e que temos, forçosamente, de voltar a encontrar os degraus para nos levantarmos, não nos deixarmos levar pelos sentimentos que nos magoam.
Seja qual for a causa da queda, a verdade é que não caímos porque queremos. Encontrem-na antes que a depressão vos encontre novamente!

13 de junho de 2009

Mudança

" A lentidão em mudar normalmente significa medo do novo".

Philip Crosby


" Se queres que as coisas sejam diferentes talvez a solução seja seres tu diferente".

Norman Vincent Peale

6 de junho de 2009

Sentimentos na depressão

Há momentos, quando em depressão, que simplesmente nos sentimos inúteis.
Queremos ser invisíveis, desaparecer.
Não conseguimos o que queremos, sentimo-nos incompreendidos, desesperados.
Aliando à força que perdemos, à cabeça que não pára de pensar no que não deve, do não gostarmos de nós e da vida.
É isto que se sente.
Num buraco sem luz, num beco sem saída. Enjaulados. Pior, o sentimento de estarmos encurralados a tentar desesperadamente sair!


Quando tive depressão era assim que me sentia.
Primeiro, é normal. Não estão sozinhos, todos quantos sofrem de depressão têm estes sentimentos.
Uns dias melhores que outros. Mas é importante saber isto. Não são um caso isolado e sem remédio.
Segundo, se ainda não recorreram a ajuda profissional (UM ERRO GRAVE) façam-no assim que perceberem que estão doentes. Sim, eu sei, por vezes leva muito tempo até termos consciência disso e depois falta a força de vontade de ir. Mas é obrigatório!!! Quanto mais cedo melhor.
Nunca, mas nunca, desistam de pedir ajuda!

Aprendi uma coisa fundamental: não conseguimos sair da depressão sozinhos.

26 de maio de 2009

Culpa

A culpa.
Esse sentimento que pesa, pelo menos parece, mais do que qualquer outro.
Junta-se muitas vezes a arrependimento, a angústia, a ressentimentos.

Disse Nicholas Rowe: "a culpa é a fonte da tristeza, vingadora diabólica que nos segue com chicotes e aguilhões".

O peso da culpa faz-nos literalmente baixar os olhos, descair os ombros, carregar um fardo.

Mas, nem sempre que sentimos culpa somos efectivamente culpados.

Por que motivo nos sentimos culpados por dizer a verdade?
Por que motivo nos sentimos culpados por amar alguém?
Por que motivo nos sentimos culpados por estarmos doentes?
Por que motivo nos sentimos culpados por tomar decisões que, embora difíceis, são as correctas?

A culpa é, também, a meu ver, uma traição a nós próprios.
Estaremos a ser justos connosco?

Ou achamos mesmo que controlamos tudo, e por isso, mesmo sabendo que não há razão para sentir culpa, continuamos a achar que poderiamos conseguir ter feito algo de diferente?
Se assim for, mudamos alguma coisa ao sentir culpa?



Eu luto contra um sentimento de culpa por ter tomado a decisão mais difícil da minha vida até hoje e foi a correcta, a única possível, foi uma decisão de amor e caridade, de justiça e amizade. Mesmo assim, mesmo racionalmente sabendo que fiz o BEM, não consigo evitar o sentimento de culpa. É extremamente desgastante por momentos, é doloroso e luto contra isso diariamente.

Façam esta reflexão. De que se sentem culpados? São mesmo culpados?

23 de maio de 2009

Um novo olhar sob velhas atitudes

“Eu posso mudar. Posso viver através da minha imaginação em vez de viver pela memória. Posso amarrar-me ao meu ilimitado potencial em vez de amarrar-me ao meu limitativo passado".

-- Stephen Covey




22 de maio de 2009

Postos à prova

Num mundo como o nosso actualmente somos constantemente postos à prova, muitas vezes para lá dos nossos limites. E nem sempre nos apercebemos disso atempadamente. Nem sempre os sabemos prevenir, o que acaba por ser o mais importante.

Alguns assuntos que nos atingem e podem levar-nos a descontrolos emocionais, doenças como a depressão, a necessidade de parar para realinhar a nossa vida:

- stress
- angústia
- ansiedade
- insónia


E tantos outros.

Este espaço, como já foi dito, tem como intuito podermos falar e partilhar de tantos problemas do foro psicológico, não só de depressão.

Podem utilizar o mail que encontram no meu perfil para contar as vossas histórias. Poderão servir para um bom post, os nomes serão sempre OMITIDOS.

Vou colocando, também, alguns links que poderão ser úteis. Também os podem sugerir.

Depressão Major (aguda)

É a forma mais conhecida da doença e aquela a que geralmente nos referimos quando falamos de depressão.
Nesta forma de depressão pelo menos cinco dos sintomas listados abaixo têm de ocorrer por um período mínimo de 2 semanas, tendo também de representar uma mudança em relação ao humor ou comportamento prévio.

As duas pedras basilares da depressão, isto é, os sintomas que têm de estar presentes para confirmar o diagnóstico são:
- Humor deprimido – a pessoa sente-se triste e sem esperança na maioria dos dias e durante a maior parte do dia. Pode ter crises de choro.
- Falta de interesse nas actividades diárias – a pessoa não sente interesse ou prazer nas actividades de que costumava gostar.
- Alterações do sono – podem ser insónias ou dormir excessivamente. É típico o acordar de madrugada e não conseguir voltar a adormecer.
- Alterações do apetite e do peso – a depressão pode-se manifestar por uma diminuição ou aumento do apetite e, consequentemente do peso (uma diminuição ou aumento do peso corporal superior a 5% do peso habitual, sem causa identificável, pode indicar depressão)
- Alterações do pensamento e da concentração – incapacidade para se concentrar ou tomar decisões e também problemas com a memória.
- Agitação ou lentificação dos movimentos corporais – o indivíduo deprimido pode parecer agitado, irritável e facilmente aborrecido, ou então parecer fazer tudo em câmara lenta, respondendo lentamente às questões, num tom de voz monótono.
- Sensação de fadiga – o indivíduo sente-se cansado e sem energia.
- Baixa auto-estima – sensação de culpa ou incapacidade de fazer seja o que for.
- Perda do interesse sexual – os indivíduos sexualmente activos antes de desenvolver a depressão sofrem uma redução dramática no interesse em ter relações sexuais.
-Pensamentos recorrentes sobre a morte e o suicídio.

Um começo

Por ter recebido recentemente feedback num post colocado em Agosto de 2007 (ver aqui) , tive a ideia de dar continuidade e estas questões de forma exclusiva. Não as deixar perdidas num blog ecléctico, digamos assim.

Não sou psicóloga. Sou apenas uma das muitas pessoas que já passou por uma depressão.
E para mim fez sentido partilhar com quem me conhece e mesmo com desconhecidos o que se estava a passar comigo. Ajudou-me imenso, mesmo muito.

Por esse motivo, e porque ao partilharmos com alguém que conhece os problemas por os ter vivido, com quem não fará julgamentos de valor, deixo aqui este espaço para isso: partilha de experiências.

Muitas vezes uma palavra basta para nos fazer mudar de rumo, para dar força!


Vou colocar o post do outro blog aqui, como ponto de partida.